16 de jan. de 2014

Tchau Djalma Santos! (crônica)




Vede Já a Alma dos Santos...

Alguns acreditam que algumas ocupações são mais importantes do que outras. Aceitam assim serem guiados por uma razão estúpida que, de primeiro ao último, apenas reduzem as surpresas de que nossa alma é regente. Creem piamente que uma atividade tão infantil e simples como a do poeta do movimento puro, artesão da intuição, de uma dança rústica e daquela sua elegância mística está apenas entre as que são menos imprescindíveis para nossa vida e para a evolução da humanidade. Chegam mesmo a pensá-la dispensável e acidental. É, no entanto, um engano absurdo. Pois, toda sua excelência é a essência da nossa própria existência. De que adiantariam milhares de curas, leis, construções e máquinas das mais impressionantes se não fosse possível ter visto todo o seu encanto admirável? Quem seríamos hoje sem a sua lembrança santificada? Todas as religiões agora deveriam ao mesmo tempo e lugar, reconhecer e ordenar a sua imediata ascensão ao topo dos céus. Numa beatificação irreversível de um dos mais incríveis dos Santos de todos os mundos conhecidos. Incontáveis milagres não faltam como amostra incontestável. Nas memórias, nas lendas, nas imagens quase apagadas das fotos e dos filmes pouco mais diluídos ainda é possível encontrar essas provas irrefutáveis de seus milagres do caráter, da poesia e de uma arte densa. Estarão sempre aqui as suas obras saídas diretamente da pureza primitiva do espírito humano. Sem elas nenhuma outra pessoa na Terra teria importância em nada que fizesse, porque não saberia a maneira boa para amar a vida. Sem seus milagres ingênuos que criança hoje eu seria? 





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