22 de jun. de 2016

hamlet brazica... (prosa poética)



Hamlet brasileiro...




seria somente eu a ser que é sendo ali porque eu sou o primeiro e quando os outros começaram a ser eu queria que todos fossem mas que somente eu fosse e serei aquele que é e se você sabe que ser é ser como eu sou e se você for assim também eu quero ainda ser de outro jeito de ser desde que todos sejam um monte de seres que são para que eu seja o único que é e será sempre o melhor ser sendo sempre aquele que sabe o que não deve ser sendo aquilo que você não foi e não pode nem tentar ser porque ser como eu sou é ser igual nem que seja outro que era e será como eu não tento ser e seja lá o que você for perto de mim não é ser como seria eu se fosse você do meu tipo de ser e todos sendo aquilo que dizem que são e que eu sou e sempre fui o único ser que pode ser o que ninguém ainda conseguiu ser e eu cheguei primeiro na hora de ser e o seu sendo que logo foi outro estado de ser que não merece ser o que eu já era antes de você decidir ser o que eu preciso seria em seguida o seu ser imaginário que você seja em seguida do que seguiu fosse tudo menos deixar de ser aquilo que me faz ser diferente dentro dos que são iguais e eu sou igual também mas tenho ciúme de que mais e mais sejam o ser que somente eu queria ser pra sempre sendo que ser e não ser ao mesmo tempo é a única questão e eis que já foi alguém que nessa questão não merecia ser outra vez mas se eu fosse sozinho eu não seria aquilo que eu quero ser sem ninguém mais sendo como eu sou e não quero que nada será questão nenhuma que não seja eu não sendo e sendo o que eu nunca fui ou seria se não fosse o que eu sou ou talvez quisesse ser...

20 de jun. de 2016

alucinações (poema)



alucinações: escutara toda aquela barulheira de dentro dum silêncio esquecido... não que fora triste, apenas sonhara em levar a felicidade para passear mais longe... chamaram de idade aquilo que a criança ainda olha a passar de tempos em tempos...