31 de jan. de 2014

enganado ni seus olhos (poema)



Ainda estava enganado.

A paixão só existe dentro, funda.

Quando decido, noutro instante já adio.

Encontro um lugar para ela,

Mas não que seja ela que o escolha.

A ventania que nos toma de medo, dorme.

A morte de todos por todo lado,

Triste sabedoria moribunda,

Solidão dolorida e muda.

As cores, as luzes, as almas...

Ah! Eu poderia amar quem fosse,

Basta que um toque me acorde

Num sonho muito antigo.

Ah! Quanto mais eu procuro

Mais para dentro ela foge, divina!

Busco ainda a graça pelos teus cabelos.

Justifico meu encanto em tua íris.

Neste corpo tão claro e distante de mim.

Não é nisso, sei que não é isso.

Sou eu quem ama o que apenas em mim existe.

Sou eu quem olha e vê aquilo que quer ver.

Onde posso ouvir outra vez esse eco?

Quando alucino a sua aparição,

Grito para todos os lados e depois, cansado,

Acompanho o vento morrer no fim do dia.

Então escrevo alguns versos com os restos da fogueira.

Quando uma família não existe mais

É como algo que desata, que rasga.

Todos já sabem agora que daqui irão sozinhos,

Porém ficam calados a fitar o sol por mais um tempo.

Vi nos seus olhos aquilo que meu coração dizia







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