Com certeza... E é claro que você percebe que existem inspirações mútuas pra todo lado, e que as atrocidades não são privilégio de nenhum povo em particular, de nenhum país em particular, todos conseguem ter “bons” representantes nessa “área” e que, infelizmente, muitas das “revoluções do bem” são totalmente monstruosas também e são um péssimo influência de “way of life”, mas que inspiram muita gente por aí, justamente porque estas pessoas acreditam que o assassinato que elas cometem está justificado pela sua ideologia, seja ela qual for. Apenas vejo que a coisa é muuuuito mais complexa do que simplesmente apontar “ways of life” como culpados e passar a atacá-los retoricamente.
Não há como “purificar” uma situação complexa como essa sem fabricar atrocidades, é isso! Ficar nessa de contra ou a favor rotulando isso e aquilo nos faz perder o encontro com as pessoas. Fabrica antagonismos, divisão e afastamento antes desse encontro. O importante, para hoje em dia, para uma ação atualizada é encontrar onde estão as pessoas que querem o melhor parta todas as outras e entender o que estas pessoas estão fazendo...
Sim... Isso é bom, são pessoas, pois as mazelas do que seja capitalismo e do que se pensa ser socialismo (que são muitas também) são as mazelas humanas projetadas ao extremo... É uma dessas mazelas de muito poder é buscar segurança psicológica, algo para provar que está certo. Basicamente, quando alguém não consegue provar isso no nível pessoal (porque é impossível pela própria complexidade da vida) “foge” para a ideologia, que é preparada para agregar partidários, porque a idéia é aparentemente intocável, é uma projeção daquilo que eu acho deveria ser, é convincente. Não é como se olhar no espelho e ver... sou um idiota. Quando queremos desconstituir a massificação não adianta massificar com outra idéia, seja socialismo, comunismo, budismo, catolicismo... Por isso esse trabalho seu é muito mais interessante, porém, tem que perceber que nunca irá fazer as mudanças totais que as ideologias dizem ser possível fazer. Nunca houve e nem haverá mudanças totais que as atrocidades prometem! Alerrrúia! Ahahah! Graaaaaannde colega!
