11 de nov. de 2014

motim (poema)




quando o espanto com a imensidão que rodeia
cai sobre essa solidão sem medida
só o coração é que aí navega sem medo
se é com a vela estufada da imaginação
o remo o leva bem firme o talento
o único que nunca trai ou desiste
que jamais vai abandonar a ninguém
e nesse pequenino bote que foi dado
atravessa uma névoa profunda e azul
depois das revoltadas águas da noite indomável
chega então a mansidão do dia celeste
da delicada e morna aurora desse sol eterno