24 de ago. de 2022

empadinha podre (poema)

 





quando o último pão de queijo estiver embolorado, quando a última feijoada azedar, quando último acarajé mofar e as últimas coxinhas, beijinhos, empadinhas, tutuzinhos, cuzcuzinhos, caldos de cana, viradinhos, escondidinhos,  pés de moleque, paçoquinhas, quindinzinhos e zóião estralados estiverem apodrecidos e cheios de vermes pelo descaso, vista grossa, jeitinho, gorjetinha, vagabundice, malandragem e a malemolência macunaímica... todos se darão conta de que é impossível sobreviver apenas de santinhos, sorrizinhos amarelados e cavaletes de eleição!