19 de fev. de 2014

“Mário da Silva e os Lunares” (sinopse)









As imagens são entrecortadas. Sons de uma guerra perto de casa. Luzes novas da cidade nova. O primeiro a pisar na Lua. Uma pequena nave retorna para a Terra e cai no mar. Novas luzes enchem minha vida. Meu irmão saiu e eu espero todo dia ele para almoço, e não chega nem para a janta. Espero até hoje. Onde ele está? As cidades crescem e as pessoas desaparecem. Alguns aparelhos têm muita força e outros podem curar, são criadores remédios. Plantas, árvores, antenas, igrejas, praças, escolas, lojas, e mais naves lunares. O mundo é muito diferente daquilo que ele é na verdade. A verdade é muito diferente do que aquilo que as pessoas dizem que é. Foguetes, espaçonaves, antenas, torre de catedrais, ruas, ruas, ruas, minha irmã, meu irmão. Bandeiras, bandeiras, diplomas, diplomas. Letras certas, palavras certas dizem aquilo que é preciso lembrar. Rios, montanhas, nuvens, esse mundo é perigoso. Não posso mais comer açúcar, mas como mesmo assim de vez em quando. Desenho tudo o que é importante para saber onde está. Retratos, retratos e outros retratos são importantes para lembrar onde eles estão dentro de mim. Algumas pessoas são abençoadas e me ajudam. Às vezes não pinto porque me dói o braço. A injeção de insulina deixa dolorido. Chá de “camomilia” é que eu gosto para curar a dor. Guardo muito bem todos os meus desenhos porque é muito sério isso aí. Gosto de sodinha diet. “Essa é a minha devoção".




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