eu pensei em qual seria o principal privilégio dessa minha
época... o que mais define hoje em dia esse meu povo caucasiano
que tem dominado o mundo há algum tempo... não é a violência... não é a loucura
pelo poder... não é a ambição, a traição ou o egoísmo criminoso... não é o
desprezo pelas crianças e os velhos... não o envenenamento de tudo o que é
vivo... ou os juízes injustos, os tiranos assassinos ou as religiões despóticas
... isso tudo existe há muito tempo em muitos lugares... mas a falta absoluta
de qualquer ato de reverência, de qualquer coisa que possa ser sagrada... de
qualquer inclinação ao silêncio... é o nosso momento... e pelo batalhão de
animadores popótas desse imenso auditório telespectivo... em que uma criança
pode telespectar o dia inteiro, mas não quer mais apontar o nome das estrelas
de brincadeira nem ver as nuvens formar as coisas no céu... esse nosso privilégio é o ‘happy hour’... esse
alegramento obrigatório desmiolado dos uhu! borá lá! do tudo de bom! e é esse abobalhado novo ser... o ‘homus
pipocas’... é que é o culpado pela nossa decadência... esse super mega happy
bundão que me tornei...
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2014
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- samba enredo (crônica)
- fruta esquecida... (poema)
- pinturas 2014 (apresentação)
- “Mário da Silva e os Lunares” (sinopse)
- Neo Rebis (projeto/tridimencional)
- Durkheim e a Educação Para a Sociedade (ensaio)
- Pinturas 2014 (artigo)
- saudade de andorinha (poema)
- direitaesquerdadireitaesquerda (comentário)
- liberta que será também (comentário)
- homopipocas happybundão (poema)
- metade gosta metade (poema)
- Epopeia ao Pateta (sátira),
- adesivo santificado (poema)
- vingança cega... (conto)
- o recreio... (comentário)
- Todos Precisam... (peça/teatro)
- perdão Blues... (aforismo)
- da maconha... (crônica)
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