Sentia-se um náufrago exilado. Desde sempre, havia se esquecido donde viera e divagava a declamar... onde estariam todos? Às vezes, falando em voz alta, para um público de pedrinhas, areia, formigas: "A língua que alguém fala, lê e escreve... é a sua maior liberdade, mas pode ser, ao mesmo tempo, a sua maior prisão". No caso daquele seu português, o brasileiro, era como estar condenado injustamente, pois, tamanha beleza crime nenhum nunca será... e nessa condenação, a viver numa ilha maravilhosa, porém deserta... que ninguém atenta. Um paraíso indescritível, numa insuportável solidão. Por isso mesmo, talvez - e agora já pensava consigo em silêncio - somente esta é a única que tenta descrever, tão ingênua e inutilmente, essa intraduzível saudade de alguém que nunca se conheceu...
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