7 de out. de 2014

inframundo (miniconto)







Foram abduzidos logo após os resultados. Rolava uma workshop sobre atualização de medidas para a explotação, exploração, sorrisos de cavalete e justificativas estatísticas, gagueira, catimba e voz de veludo. E... o narrador dizia: Há vários níveis de caos rentáveis. Exemplos são o inframundo, o mundo reles e mesmo o mundo cão. Quem suborna, recomenda, audita é por reflexo de uma necessidade de certa autogestão sempre dominada subliminalmente pelos que mandam matar, são padrinhos, pagam candidatos egocêntricos, escravizam ou apenas formam os porquinhos de shopping. Controlar, torear a espontaneidade é a receita magna. Para isso é necessário que algo funcione ou que não funcione. Ou de um modo selvagem... ou de um modo relaxado... ou até mesmo de um modo bem organizado. Então, tudo é motivo para manter a coisa como tal em andamento. Por isso ocorrem as mudanças ou as reações que alguém julgará serem realizações políticas, econômicas e sociais. A coisa precisa andar. O criminalismo é o movimento que mais exige a modernização da sociedade ao mesmo tempo que é a entidade que mantém milhões de pessoas na penúria. É um modo de vida. Não! Para vocês é show de bola! Bembolado! Tchau! Sem mais, jogaram os coitados de volta para baixo... prontos para o segundo turno e... pelados.





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