11 de jun. de 2015

senda de homem santo (poema)




quem mal sempre dorme
vigia a miséria sobre o real
quem o mundo pouco espia
é pobre e triste sonâmbulo

quem é de uma vigília atenta
sonha na riqueza do espírito
e quando retorna desse alento
é da própria alma um tesouro

um tanto de mendigo bêbado
um quanto de peregrino casto
uma sina de um trapo humano
uma só senda de homem santo