o monstro meganha acéfalo tomará de assalto o descontrole da insanidade absoluta; a nova novidade de um movimento, projeto de loucura, desenfreada e ilimitada bestialidade; que sustenta a si mesmo pela autodestruição anunciada enquanto se desmente ao vivo; em troca de uma cotidiana sucessão de lideranças alucinadas, que fundam e se afundam em seu mesmo sistema, pela manutenção do poder na brutalidade de sua completa desorganização, na paranoia; na sua legitimidade temporária de seu surto derradeiro e simulado, na mudez do medo, pela imposição do potencial assassino de cada um dos que se anunciam chefias, patrões, comandantes ou celebrações do sucesso de sorriso arreganhado; pela matança, pela paulada, pela tortura e o pavor, gritaria; até que este sucumba numa próxima traição sempre iminente; a máxima guerra inventada, todos contra todos até que nunca seja o contrário jamais; nas praças abertas, nos becos, botecos de sinuca lavada em borras de líquido venoso escorrido, ressecado pelo chão de cimento queimado; nas quebradas, nas sacadas... perenes... pela dominação da miséria limítrofe, da distribuição de ilegalidades, pequenas vantagens contrabandeadas, das necessidades extorquidas, farras e sequestros de vitalidades à míngua; com sua propaganda de horrores, luxo, decapitações, estupros e sangue, sangue falso dilacerado nas séries sobre psicopatas fofos e tesudos... sangue verdadeiro jogado na sarjeta que viramos para nunca olhar e, enfim, da tomada da própria vida em cativeiro esquecido, virgem e viçosa, que será revendida... revendida e revendida, para que possa ser ainda libada em gotas, lambidas, penetradas, repenetradas... em pequenos embrulhos imundos de açougue, moída; por mais inúmeras vezes... desgastada... quase esgotada... em cristais, cheiradas de tampa de privada, pratarias, dourações diamantadas e amplos espaços... e também enquanto vaza nos pequenos goles oleosos, tampos de mármore inesquecível, viscose importada, chita áspera, bombas de seda porca de bar, cachimbos exóticos, platinadas, chutadas, chupadas e emboloradas nos altares, nos camarins, no inferno que a parta; uma última batalha que será para todo o sempre a última sem parar, a eterna maldade... o não deus... e o adeus!